terça-feira

O que é Bullying

   Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.

Caracterização do Bullying

   Bullying é frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco.
• o comportamento é agressivo e negativo;
o comportamento é executado repetidamente;
o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
   O bullying divide-se em duas categorias:
  1. bullying direto;
  2. bullying indireto, também conhecido como agressão social;
   O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores masculinos.
   A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em agressores do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido através de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:
• Espalhar comentários;
• Recusar em se socializar com a vítima
• Intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima
• Ridicularisar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia de vida, religião e incapacidade, etc)
   O bullying pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor e a vítima.

Tipos de Bullying

   Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:
·         Insultar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada.
·         Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
·         Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os.
·         Espalhar rumores negativos sobre a vítima.
·         Depreciar a vítima sem qualquer motivo.
·         Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando a vítima para seguir as ordens.
·         Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully.
·         Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência.
·         Isolamento social da vítima.
·         Usar as tecnologia de informação para praticar o cyberbullying criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc).
·         Chantagem.
·         Expressões ameaçadoras.
·         Grafitagem depreciativa.
·         Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
·         Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

Cyberbullying

   O cyberbullying é um tipo de Bullying melhorado. É a prática realizada através da internet que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores perante a sociedade virtual. Apesar de ser praticado de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores, pois através da internet os insultos se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conhecem a vítima. 
   Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos. 
   Infelizmente os meios tecnológicos que, seriam para melhorar e facilitar a vida das pessoas em todas as áreas estão sendo utilizados para menosprezar e insultar outras pessoas. Não existe um tipo de pessoa específica para ser motivo de insultos, sendo que a invasão do e-mail ou a exposição de uma foto já é o bastante. Em relação a colegas de escola e professores, as difamações são intencionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada perante os demais. 
   As pessoas que praticam o cyberbullying são normalmente adolescentes sem limites, insensíveis, insensatos, inconsequentes e empáticos. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os praticantes podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização.

Bullying professor-aluno

   O bullying pode ser praticado de um professor para um aluno. As técnicas mais comuns são:
·         Intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e ofendendo sua auto-estima. Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um único aluno o expondo a humilhação.
·         Assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com os demais. Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas.
·         Ameaçar o aluno de reprovação.
·         Negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondo-o a tortura psicológica.
·         Difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de atos que não cometeu.
·         Tortura física, mais comuns em crianças pequenas. Puxões de orelha, tapas e cascudos.
   Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolecente e podem ser denunciados ao Juizado de Menores, diretamente a um juíz ou promotor. A revisão de provas pode ser requerida diretamente na Secretaria de Educação, sendo este um direito ao estudante.

Famosos que já sofreram Bullying

- Taylor Swift
Tumblr_lhitce3u6w1qd9ft3o1_500_large   Ela pode ser a queridinha da musica Country, mas a vida de Taylor Swift nem sempre foi tão doce.
Vocês sabiam que Taylor Swift já foi vitima de bullying quando frequentava a escola? Taylor Swift já sofreu bullying assim como outros famosos, e o bullying deixou marcas na vida dela, mas ela soube aproveitar o sofrimento para compor músicas românticas.
   “Há duas coisas que você pode fazer se sofrer bullying: você pode deixar que isso a destrua ou pode usá-lo como combustível para alimentar os seus sonhos e trabalhar mais afincadamente.”
   Taylor contou em uma entrevista que este acontecimento em sua vida foi transformado em fonte de inspiração: ”não me convidavam para as festas, agora olho para trás e fico muito agradecida por isto. Eu aproveitava para ficar em casa e tocar a guitarra até que meus dedos sangrassem.”
   Taylor Swift é um ótimo exemplo de que podemos tirar proveito até das situações mais difíceis da vida, e transformar a dor, a tristeza e o sofrimento em algo bom.




- Hayley Willians
Tumblr_ldwi6px9ns1qbwjgso1_500_large   Hayley Willians declarou a revista “Sugar” que assim como muitas crianças e adolescentes, já foi vitima de intimidações e boatos na escola. Hayley se mudou com sua família do estado do Mississipi para o Tenesse aos 13 anos e teve bastantes dificuldades para se adaptar na escola.
   “Eu fui para a escola durante seis semanas e fiquei arrasada. Nem mesmo os professores gostavam de mim, e as garotas eram umas ‘cadelas’. Elas me convidavam para as festas e eu não ia porque não queria ficar perto delas. Então, no dia seguinte já começavam esses boatos sobre mim dizendo que eu era uma vagabunda, ou que era lésbica” Lembra Hayley.
   “Eu cheguei em casa chorando dizendo pra minha mãe: eu sou uma fracassada, e eu não vou voltar nunca mais pra lá. Ela viu como eu estava bem chateada e disse que ia ficar tudo bem.”
Ao ser perguntada que conselhos ela daria para ela mesma, se tivesse 14 anos ela disse: "nenhum garoto tem o mesmo valor da sua adolescência! Minha ideia do que é estar apaixonada mudou muito desde que eu era uma garota. As coisas que eu julgava importantes na verdade não eram.    No passado eu sacrificaria quem eu era para me tornar quem eu gostaria de ser, só pra fazer alguém feliz... e isso acabava magoando tanto as outras pessoas quanto a mim mesma". Hayley finaliza dizendo: "pra mim, estar apaixonada significa que eu tenho que aceitar quem eu sou e não permitir que os outros me definam. E se alguém gostar de mim apesar disso tudo, então já é um começo".

                              - Demi Lovato

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Enquanto criança Demi foi vítima de bullying, segundo ela, nunca sofreu mal tratos físicos mas tinha seu nome manchado por muitos boatos e várias críticas maldosas sobre sua aparência.
Demi não conseguiu lidar com todo esse clima e se sentiu obrigada a deixar a escola para estudar em casa.
“Para as meninas que faziam bullying contra mim na escola, eu dizia sempre: Fala na minha cara. Diz-me a mim o que eu fiz. Não digas mal de mim pelo computador, fala na minha cara. Mas, eles nunca faziam isso. Nunca ninguém me bateu porque estavam com medo de mim. Especificamente uma menina mandava uns olhares e chamava-me então eu dizia: Se pelo menos me batesses eu ainda te poderia respeitar um pouco, mas tu estás a dizer mal de mim apenas pela tela de um computador, e isso faz de ti uma perdedora.”

Depoimentos sobre Bullying

   Eu, Gustavo, estudante da 8ª (oitava) série, sofri e sofro Bullying até hoje. Só por que eu sou emotivo, gosto de ficar no meu canto, gosto de fazer poemas.
   Achei um amigo na 6ª (sexta) série que tinha mais ou menos a ver comigo. Nos conhecemos e ficamos amigos, muitos amigos. Começamos a andar juntos.
   Passávamos quase todo o instante juntos. Do nada surge um boato que eu seria GAY. Engoli a seco, mas não agüentei muito. Conversei com as professoras, me ajudaram nesse momento difícil da minha vida.
   Alguns dias, meses passaram, mas o pesadelo voltou a me atormentar. Conversei em casa, a minha mãe foi na escola, conversou com a diretora, professores, até que tudo voltou ao normal.
   Mas esse ano voltou ao tal pesadelo. Mas com muita coragem, consegui vencer, pelo menos nesta escola, o tão amedrontado BULLYING.
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   Sofri Bullying quando eu tinha 11 anos de idade. E  isso durou até os meus 15 anos mais ou menos. Não foi na escola, como em muitos casos. Foi em casa, na verdade no meu condomínio.
O autor era um garoto, um pouco mais velho que eu, "brincalhão", inventor de apelidos, gozador... O pessoal gostava dele, eu também achava ele legal às vezes... Mas, ele gostava era de se aparecer e, infelizmente, de se aparecer rebaixando o outro. No caso, eu.
   Ele inventou um apelido para mim, fez uma chacota de uma característica física minha. Na época, aquilo me incomodou MUITO!
   Eu era adolescente e, nesta fase, eu me sentia insegura, queria era brincar, jogar bola, e não ficar me arrumando sei lá... No entanto passei a me incomodar tanto com o apelido que comecei a me sentir feia, não queria mais ir nos aniversários do prédio, eu tinha MEDO dele.
   Sei lá, tinha medo de estar ali junto com a galera e a qualquer momento ele soltar o apelido e começar com as gozações...
   Além desse frequente constrangimento, um dia, ele fez uma lista com o nome de todas as meninas do prédio. Nesta lista, ele colocava algumas características delas... e no meu nome estava escrito coisas que me fizeram chorar.
   Lembro-me do momento em que li a carta e, calculando... Já faz uns 13 ou 14 anos! Que absurdo, vejam como marca. Toda vez que me lembro dele, ou que eu encontro com ele (é raro) tudo isso vem em minha cabeça, e hoje eu me pergunto: Por que eu não contei aos meus pais?
No fundo eu tinha vergonha porque aquilo realmente me incomodava, e me incomoda um pouco até hoje. Mas, agora sei que existem coisas mais importantes para o mundo e para mim do que pensar: puxa, porque eu nasci assim!? Mas, naquela época, aquilo era tão grande e imenso que me sufocava...
   Não fiquei mais forte passando por estas situações. Muito pelo contrário, me tornei insegura. Acreditam que tem gente que acha que passar pelo Bullying torna o alvo mais forte? Arrumem outro jeito de nos fazer aprender a lidar com os males da vida vai... Pelo amor de Deus!
Quando eu mudei de prédio, tudo passou... Mas só passou porque, digamos, “eu me mudei do problema”. Definitivamente não é a melhor solução, pois fico a pensar: e se eu não tivesse me mudado?
   O que quero dizer é que não é fácil conviver com nossos defeitos, principalmente quando alguém faz piada dele. Mas, quero que saibam que é preciso caminhar e continuar... Peçam ajuda!
Não fiquem quietos... Vale pensar: puxa porque isso me incomoda tanto? O que eu posso fazer? Mas não é fácil mesmo, aliás, é muito difícil!
   Hoje eu não sinto nada de ruim por ele e sei que, da mesma forma que eu não sabia que isso era bullying, ele também nem pensava sobre suas ações, era um sem noção. E pior, ninguém dizia a ele para parar, já que a turminha do prédio ria das piadas dele também, o incentivando mesmo que sem querer...
   Por isso, quanto mais pessoas souberem o que é o Bullying, mais pessoas poderão dizer que não gostam destas “brincadeiras” e, também, mais pessoas poderão dizer ao autor de bullying o quanto ele é mala e sem noção das consequências de seus atos!
   Enquanto isso não termina, acredite que há mais razões na sua vida para sorrir do que para chorar, é preciso acreditar!

                                          Carolina Giannoni Camargo

Vídeos sobre o Bullying